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A mostrar mensagens de junho, 2021

O realismo rural de Jean-François Millet

  Jean-François Millet (4 de Outubro de 1814 – 20 de Janeiro de 1875) foi um pintor realista e um dos fundadores da Escola de Barbizon na França rural. É conhecido como precursor do realismo, pelas suas representações de trabalhadores rurais.                                       As Respigadoras, 1857 Junto com Courbet, Millet foi um dos principais representantes do realismo europeu surgido em meados do século XIX. Sua obra foi uma resposta à estética romântica, de gostos um tanto orientais e exóticos, e deu forma à realidade circundante, sobretudo a das classes trabalhadoras. Millet foi uma importante fonte de inspiração para Vincent van Gogh, particularmente durante seu período inicial. Millet e seu trabalho são mencionados muitas vezes nas cartas de Vincent a seu irmão Theo. As últimas paisagens de Millet serviriam como pontos de referência influentes para Claude Monet nas pinturas da costa de Normandia; seu conteúdo estrutural e simbólico influenciou Georges Seurat também.      

Picasso: Umas pinceladas.

  Pablo Picasso (1881-1973) era filho de um professor de Desenho e fora uma espécie de menino prodígio na Escola de Arte de Barcelona. Foi para Paris aos 19 anos de idade, onde pintou assuntos que teriam agradado aos expressionistas: mendigos, marginais, vagabundos e gente de circo. Mas, evidentemente, não se satisfez com isso e começou a estudar arte primitiva, para a qual Gauguin e também Matisse, talvez, haviam chamado a atenção. Podemos imaginar o que ele aprendeu com essas obras: aprendeu como é possível construir um rosto ou objeto a partir de poucos elementos muito simples.                                                          Rapariga com bandolim, 1910 Isso era algo diferente da simplificação da impressão visual que os artistas anteriores tinham praticado. Eles haviam reduzido as formas da natureza a um padrão plano. Talvez existissem meios de evitar a ausência de relevo, de construir a imagem de objetos simples e, no entanto, reter um sentido de solidez e profundidade.

D. Maria II "De princesa brasileira a Rainha de Portugal".

  " D. Maria II. De princesa brasileira a rainha de Portugal. 1819-1853" é o título da exposição organizada em conjunto pelo Museu da Presidência da República (MPR) e Palácio Nacional da Ajuda (PNA), que recorda a vida e o reinado da última mulher a ocupar a chefia do Estado português. Desde de 26 de maio, na Galeria do Rei D. Luís do PNA, estão expostas várias centenas de peças e documentos reunidos para esta exposição. Vindas de diversos museus nacionais, autarquias, colecionadores privados e Governo Regional dos Açores, muitas peças foram restauradas propositadamente. De entre as muitas obras que ficarão em exposição até ao dia 29 de setembro, destacam-se várias joias pessoais de D. Maria II e a Coroa Real Portuguesa que há mais de duas décadas não era exposta ao público Coroa Real Antônio Gomes da Silva (ourives), Inácio Luiz da Costa (fabricante) 1817; Rio de Janeiro, Brasil Ouro, prata, seda e algodão. Palácio Nacional da Ajuda Por tradição, os reis de Portugal não oste

Nadir Afonso: Exposição 100 Anos

  Biblioteca Nacional de Portugal, Lisboa. (23 de Junho a 18 de Setembro). A exposição 100 Anos Nadir é uma viagem através do percurso artístico de Nadir Afonso desde os tempos de estudante, na Escola de Belas Artes do Porto, até aos seus últimos dias. Olhos fitos numa beleza distante, a vida de Nadir Afonso traduz-se na entrega absoluta à arte e à estética como desígnio de vida. A sua história de vida traz consigo uma mensagem: uma visão original da estética e uma obra de características invulgares.                                         Impulsos, 2009 A exposição é composta por vários núcleos: um conjunto de pequenos estudos que cruzam os vários períodos ao longo de mais de 75 anos de trabalho, desde o surrealismo – passando pelo período barroco e egípcio até ao fulgor das cidades e um conjunto de telas e guaches, que evocam centros urbanos e completam o conjunto. As cidades de Nadir Afonso são constituídas por arquiteturas de linhas e formas que, no conjunto, se modelam em vo

Munch: Um grito de resiliência.

  Edvard Munch nasceu em Loten, Noruega, no dia 12 de dezembro de 1863. Filho de um médico do Exército, obsessivamente religioso, sofreu sucessivas perdas que marcaram sua vida. Ficou órfão de mãe com cinco anos de idade. Frágil e doente passou parte de sua infância na cama e chegou a ser expulso da escola por excesso de faltas. Sem a mãe, apegou-se à irmã Sophie, um ano mais velha, que era sua alegria, até ela ficar tuberculosa e morrer com 15 anos. Nos anos seguintes, Munch perdeu o pai, que morreu de um ataque cardíaco, e viu outra irmã, esquizofrênica, ser internada em um hospital psiquiátrico, onde passaria toda a vida. Edvard Munch ficou aos cuidados de uma tia, que o matriculou na Escola de desenho, na cidade de Kristiania (Oslo). Aluno do mestre Christian Krogh, em 1880 começou a pintar retratos. Em seguida, criou uma série de quadros naturalistas. O sentimento de morte com a perda de pessoas queridas o acompanhou por toda sua vida e convertendo-se em um dos temas recorrent

Cântaros gregos de 500 a.C.

                      Fotos: Ana Regina Castro-Corrales - Metropolitan Museum of New York De acordo com as fontes literárias, os artistas gregos do período clássico, que teve início por volta de 480 a.C. fizeram grandes avanços na pintura, chegando mesmo ao domínio do espaço ilusionista.  Infelizmente, não restaram murais ou painéis que nos permitam confirmar a veracidade dessa alegação; a pintura em vaso por sua própria natureza, só era capaz de produzir o novo conceito do espaço pictórico de uma forma muito rudimentar. Mesmo assim, há vasos que constituem uma verdadeira exceção a essa regra; isso é verificado sobretudo num tipo especial de vaso, os lécitos (c ântaros  para oleo de unção) usados como oferendas funerárias. Esses vasos eram recobertos por uma camada de tinta branca sobre a qual o pintor podia desenhar com liberdade, obtendo os efeitos especiais.

Van Gogh e o quarto do artista

                        "O quarto do artista", 1889 - Museu do Louvre, Paris Van Gogh absorvera as lições do impressionismo e do pontilhismo de Seurat. Gostava da técnica de pintar em pontos e pinceladas de cor pura, mas em suas mãos ela tornou-se algo diferente do que esses artistas de Paris pretendiam realizar com ela. Van Gogh usou cada pincelada não só para dispersar a cor, mas também para comunicar sua própria excitação. Em uma das cartas a Theo , descreve o seu estado de inspiração  "as emoções são, por vezes, tão fortes que trabalho sem ter consciência de estar trabalhando... e as pinceladas sucedem com uma sequência e coerência idênticas às de palavras numa fala ou numa carta" . A comparação não podia ser mais clara. Em tais momentos, Van Gogh pintava como outros  homens escrevem.   Assim como o aspecto de uma página manuscrita, os traços deixados pela pena na folha de papel, revela algo dos gestos de  quem escreve, de modo que sentimos instintivamente quan

Rodin, polémico e genial !

  Auguste Rodin, nascido François-Auguste-René Rodin, (12 de Novembro de 1840, Paris, França -  17 de Novembro de 1917, Meudon), foi um escultor francês de sumptuosas figuras de bronze e mármore, considerado por alguns críticos como o maior retratista da história da escultura. O seu “The Gates of Hell”, encomendado em 1880 para o futuro Museu de Artes Decorativas de Paris, permaneceu inacabado com a sua morte mas, no entanto, resultou em duas das imagens mais famosas de Rodin: O Pensador e O Beijo. Os seus retratos incluem figuras monumentais de Victor Hugo e Honoré de Balzac. A popularidade duradoura de Rodin é evidente pelos numerosos elencos póstumos das suas esculturas que continuam a ser feitos.                              Detalhe da escultura "O Pensador". Vida e trabalho precoces Rodin nasceu numa família pobre. Aos 13 anos aprendeu a desenhar e a modelar, em uma escola,  e aos 17 tentou entrar na École des Beaux-Arts, mas chumbou três vezes nos exames competitivos. N