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GALERIA

01-03-22

“O Díptico de Maarten Nieuwenhove”, 1487
Hans Memling (1430-1494)
Memling Museun, Bruges, Belgium

“Renascimento nórdico” é o termo usado para descrever o Renascimento surgido na Europa setentrional. Até então, as obras eram puramente religiosas. Os retratos começam a emergir dessas obras, mas a pessoa retratada deveria aparecer em uma atitude piedosa. Nesse díptico, o Sr. Maarten, (que encomendou o trabalho – óleo sobre painel), aparenta orar mirando a Virgem e o Menino Jesus.


28-02-02

“Sant´Ana, Maria e o Menino”, (1508-1513)
Leonardo Da Vinci
Museu do Louvre, Paris.
A pintura italiana do século XVI tem três grandes matrizes: Florença, Roma e Veneza. As maiores experiências destes centros, liderados por Leonardo, Rafael, Michelangelo, Giorgione e Ticiano, assumem posições comuns, do ponto de vista da superação das características do século XV. É, com efeito, uma maturidade criadora completamente
livre de pesquisas e da formulação de esquemas, para a representação do real, quer em relação ao espaço quer em relação à Natureza e à figura humana. Nasce agora um novo espírito de investigação dos valores universais do homem e do mundo.

O período alto da pintura italiana do século XVI é bastante breve. Entre 1510 e 1520, morrem Giorgione, Leonardo e Rafael.


27-02-02

"Mulheres andando na praia"
Joaquim Sorolla, 1910

Encorajado pelo sucesso alcançado com as suas resplandecentes imagens do Mediterrâneo e estimulado pelo seu amor à luz e à vida das suas praias ensolaradas, dedicou-se a pintar as cenas alegres e agradáveis que lhe iriam trazer fama mundial.


24-02-02

Pierre-Auguste Renoir,
Mme Georges Charpentier e seus filhos”, 1878.
As crianças na pintura são Georgette e Paulo.

Foi com Madame Charpentier e seus filhos, apresentado ao Salon de 1879, que Renoir teve aberto seu caminho de sucesso com o público. Por intermédio de Charpentier ele conseguiu fazer uma exposição individual de pinturas a pastel e encontrou mais protectores, em particular o diplomata Paul Bérard, em cuja propriedade Wargemont, perto de Berneval, na Normania, chegaria a viver e trabalhar muitas vezes. 

23-02-02

A Pietà é uma das maiores obras-primas de Michelangelo Buonarroti, e a única a ter a sua assinatura. Encomendado pelo Cardeal de Saint Denis, Jean Bilhères de Lagraulas, com a condição que fosse concluída no prazo de um ano, a fim de receber 450 ducados de ouro. Michelangelo - que na altura tinha 24 anos - fez a sua parte, terminando-a dois dias antes do prazo acordado, mas mesmo na sua pressa foi capaz de criar uma das maiores obras de arte jamais feitas pela mão do homem.
É um trabalho ao qual nenhum excelente artesão pode acrescentar nada em design à graça, força, delicadeza, suavidade e cinzeladura do mármore.” (Vassari)
Michelangelo foi pessoalmente às pedreiras na Toscana, nos Alpes Apuanos, em busca do mármore mais adequado (um único bloco), e pôs-se a trabalhar em Agosto de 1498. Durante os primeiros meses sentou-se em frente do bloco, deixando os seus aprendizes na oficina e o próprio cardeal nervosos, mas respondeu sempre: "Estou a trabalhar".
Michelangelo foi notável também pela capacidade de desafiar a tradição artística, ao representar Maria mais jovem do que Jesus e sem sinais visíveis de sofrimento.

Em 1749 a obra foi transferida para a sua localização actual na Basílica de São Pedro (primeira capela à direita) e tornou-se um dos pontos turísticos obrigatórios de Roma.

22-02-02

Hélio Cunha
“Arquipélago Jade” (2019) Exposição Dorian Gray na Praia
Dimensões: 60 x 48 cm
Técnica: Óleo s/ tela

Hélio Cunha Nasceu em Lisboa em 1948. Em 1978 viajou para Inglaterra onde iniciou estudos e experiências no domínio das artes plásticas.
Foi amigo de Cruzeiro Seixas e está representado nas coleções do Museu do Chiado; Câmara Municipal de Lisboa; Fundação Oriente; Fundação Cupertino de Miranda; Fundação Eng António de Almeida; entre muitas outras.



18-02-22

Cruzeiro Seixas é uma das figuras fundamentais do surrealismo português, como desenhador, pintor, colecionador, autor de objetos encontrados e transformados no sentido de reabilitar a realidade.

Artur Manuel do Cruzeiro Seixas, desaparecido a 8 de novembro de 2020, foi um dos principais representantes do Surrealismo em Portugal.

Esta exposição que encerra o ciclo do seu centenário estará patente até 26 de fevereiro de 2022, na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa e dá a conhecer algumas das mais importantes obras de Cruzeiro Seixas, apresentando as diferentes técnicas exploradas por ele, e pelos surrealistas.


15-02-22

O designer holandês Frank Tjepkema criou este colar parecendo um relógio em forma de coração com asas. Queria dizer visualmente que "as coisas do coração nunca são simples" e são criadas em muitos momentos da vida.
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Relógio do amor com de asas de ouro; Frank Tjepkema; 2009 - Museu Cooper-Hewitt, New York


13-02-22

O Retrato da Condessa Daru, 1810
Jacques-Louis David,
The Frick Collection, New York.

A obra representa a Alexandrine Daru, nascida Nardot (1783-1815), esposa de Pierre Daru, Intendente Geral da Coroa sob Napoleão I. A senhora é representada em estilo Império sentada numa cadeira com esfinges nos apoios de braços, segurando o seu leque, um vestido de seda, um xaile bordado, um toucado floral e um conjunto de brincos e colar de prata e esmeraldas. O retrato foi pintado por David para agradecer a Pierre Daru pela sua mediação no conflito entre o pintor e Vivant Denon.

Stendhal escreveu nessa época que “Jacques-Louis David era um pintor de corpos, mas inepto para retratar almas”. Foi apoiado e contestado.



10-02-22

Madalena lendo (1435-1438)
Rogier van der Weyden.
"Magdalen Reading" é um dos três fragmentos sobreviventes de um grande retábulo de meados do século XV, a óleo sobre caoba, do pintor holandês Rogier van der Weyden. O painel, originalmente de carvalho, foi concluído entre 1435 e 1438 e encontra-se na National Gallery, Londres, desde 1860. Mostra uma mulher com a pele pálida, ossos das bochechas altas e pálpebras ovais típicas dos retratos idealizados de mulheres nobres da época. É identificável como a Madalena pelo frasco de pomada colocado em primeiro plano, que é o seu atributo tradicional na arte cristã.

(Inicios do Renascimento Nórdico) -


04-02-22

“A Tempestade”, 1506-08.
Giorgione (Castelfranco Veneto 1477-1510)
Óleo sobre tela, (83 x 73 cm)
Veneza, Galeria da Academia

Na história de arte veneziana coube a Giorgione a tarefa de romper com o quatrocentismo. Da pintura de Giorgione sai a essência do classicismo veneziano.

 Como valores, do lado técnico, podemos citar a superação do desenho, pela exaltação da cor que, permeada de luz, desabrochada e efusa – com pincelada suave e emprego de velaturas, dá vida a massas cromáticas que se harmonizam entre si, e por efeito de sua gradação, se ordenam no espaço.

 O aspeto espiritual das obras de Giorgione, onde percebemos o sentir moderno, é o seu permanente intento de fazer da realidade pintada um porto emocional, ou seja, o seu dom de fazer transparecer na obra o mundo interior da pessoa retratada.


03-02-22

“A Virgem e o Menino com o cónego Van Der Paele” , Jan Van Eyck, 1436. 
Óleo sobre madeira
Museu da cidade de Bruges, Bélgica

O cliente é um cónego idoso, muito rico e poderoso que quer ser retratado como um igual à Virgem e aos seus santos padroeiros, mas que tem de se curvar às regras de etiqueta: é apresentado por um santo, ajoelhado perante Maria e com um gesto de submissão. Van Eyck mostra um realismo extremo que causou furor entre a sua clientela: a sua aparência do religioso é fiel, sem elegância ou idealização.

O cónego está prestes a morrer após dez anos de doença grave. Os vestígios da doença são visíveis na sua face colapsada, e que revela uma personalidade poderosa. O nome do religioso é Jorio van der Paele; Jorio significa George, por isso é que o seu santo padroeiro o apresenta à Virgem.

São Jorge veste a sua armadura brilhante. Comporta-se como um cavaleiro numa sala de receção real. Tira galantemente o capacete e nada na sua atitude reflete um sentimento religioso. A sua presença parece intimidar o surpreendentemente envelhecido menino Jesus.

O olhar da criança e o seu gesto grave parecem indicar o destino superior para o qual o bebé está orientado. Do outro lado está São Donaciano, vestido solenemente. Ele carrega uma roda de carro com cinco velas acesas: é o símbolo do seu martírio, pois foi lançado num rio para se afogar, mas foi milagrosamente salvo pelo aparecimento desta roda, à qual se agarrou.

São Donaciano é o patrono da igreja para a qual o Cónego van der Paele encomendou a pintura juntamente com outras obras.

Imagem de Domínio Público. Wikipedia.


31-01-22

“A Virgem do chanceler Rolin”, Jan van Eyck, 1435


Nicolas Rolin (1376-1462), nasceu numa família burguesa. Através da tenacidade e da astúcia tornou-se Chanceler do Duque da Borgonha, Filipe, o Bom. Foi um homem extremamente rico e influente, que se manteve no cargo durante mais de 40 anos.

É este homem poderoso que encomenda o quadro a Jan van Eyck, pintor da corte, para exibi-lo em sua paróquia, Notre Dame-du-chartel, em Autum.

Rolin aparece retratado à esquerda da obra. A importância da personagem vê-se na altivez da figura, representada de joelhos, mas à mesma altura da Virgem. Nota-se a riqueza do vestuário e o luxo do palácio.

O rosto é o de um homem implacável (acusado inclusive, de vender Joana d'Arc aos ingleses),  que tudo fazia para propiciar ao Duque da Borgonha o luxo que tanto apreciava, sobrecarregando de impostos os camponeses e esmagando as revoltas.

Para além deste espantoso retrato psicológico, típico da pintura flamenga, poderemos admirar, neste pequeno quadro, a paisagem urbana que se vê pela janela. Destaca-se a ponte, a catedral gótica, os vinhedos e o pulsar de todo um universo que dali se pode avistar, já que esta cidade não representa, em concreto, qualquer cidade conhecida.
Esta obra-prima, está exposta no Louvre desde 1805.


25-01- 22

Artista Eduardo Kobra -

Mural de 200 metros quadrados, em uma das fachadas do Hospital das Clínicas em São Paulo, Brasil. Chama-se ‘Ciência e Fé’ e deseja mostrar que não há nenhuma contradição entre acreditar em Deus e na medicina.



20-01-22
O Manneporte, um imenso arco natural que se precipitou para o mar na praia de Etretat, chamou a atenção de Claude Monet durante a sua estadia na Costa do Canal nos primeiros meses de 1883. Monet passou a maior parte de Fevereiro de 1883 em Etretat, uma aldeia piscatória e estância balnear na costa da Normandia.
(MET, New York City)




19-01-22

“Madame Monet e seu filho”, Claude Monet, 1875, Galeria Nacional de Artes, Washington.

A notoriedade do Impressionismo deve-se em muito ao negociante de arte Paul Durant-Ruel um dos percursores do mercado de arte moderno.
É interessante ler algumas das notícias da imprensa com que as primeiras exposições dos impressionistas foram recebidas. Um semanário humorístico escreveu em 1876: "A rue Le Peletier é uma rua de desastres. Depois do incêndio da Ópera, ai está acontecendo agora mais um desastre. Acaba de ser inaugurada uma exposição na galeria Durand-Ruel que supostamente contém pinturas. Entrei e meus olhos horrorizados depararam com algo terrível. Cinco ou seis lunáticos, entre eles uma mulher, reuniram-se para exibir suas obras. Vi pessoas sacudindo-se de riso diante dessas pinturas, mas meu coração sangrou ao vê-las. Esses pretensos artistas intitulam-se revolucionários, ‘impressionistas’. Tomam um pedaço de tela, cor e pincel, besuntam meia dúzia de manchas sobre ela ao acaso, e assinam o nome nessa coisa. É uma manifestação delirante da mesma espécie que leva os internos de Bedlam a apanharem pedras do caminho e imaginarem que são diamantes."


15-01-22

Vênus e Marte, 1483, Sandro Botticelli
Nattional Gallery, Londres
O episódio é conhecido: a beleza e o fascínio de Vênus vencem Marte, orgulhoso deus da guerra. Enquanto este se abandona ao sono, sátiros e cupidos troçam dele, apoderando-se das suas armas: o poder do amor vence a violência e a guerra.
Realizada, provavelmente, para a família Vespucci, cujo emblema, as vespas, aparece na extremidade direita; o quadro, tanto pelo formato como pelo tema representado, destinava-se a decorar o espaldar de um banco ou de um leito nupcial.
A interpretação pictórica é envolta em nostalgias clássicas, como a estudada posição da deusa, que exibe uma veste branca que se encrespa numa miríade de pregas soltas, e do deus transformado em adolescente de membros delgados e traços femininos.
O traço incisivo e o marcado desenho do artista revelam-se na sólida, sinuosa e sutil linha nera que define os contornos de todos os elementos, mesmo das sombras.
Esta obra reflete, de uma forma emblemática a atmosfera da cultura florentina, não apenas figurativas, que floresceu na Corte dos Médicis, mas também a ambição humanista de transformar platonicamente a realidade em beleza e mito.
O rosto de Vênus é semelhante ao de cada uma das figuras femininas sagradas ou mitológicas pintadas por Botticelli. O alongamento da oval do rosto, o estudado encaracolado dos cabelos e o próprio penteado indicam a aspiração do pintor a uma sofisticada elegância. A deusa é representada como uma jovem esposa vestida de modo elegante, de acordo com a moda renascentista.
Os pequenos sátiros, meio humanos e meio animais, que brincam com as armas de Marte, dão ao artista a oportunidade de ilustrar um magnífico elmo dourado e polido que reflete a luz, como os que se usavam nos torneios florentinos do tempo. A lança, o cimo e a couraça são atributos de Marte, deus da guerra.
Marte, adormecido, repete a postura clássica de muitos sarcófagos da idade imperial romana, que Botticelli evoca com um desenho delicado e de refinada afetação. Os pequenos sátiros, certamente a um sinal de Vênus, despertam o deus nu do sono profundo, e o amor vencerá mais uma vez a guerra.



Fonte: site história das artes
13-01-22

A Virgem e o Menino com Cinco Anjos ou
A Virgem do Magnificat, 1480-81
Sandro Botticelli

Entre 1480-1481, Botticelli pintou “A Virgem do Magnificat”, a sua Virgem mais famosa de então, o que confirma as cinco réplicas que conseguiram chegar até nossos dias. Botticelli representou Maria a escrever. Ela prepara-se para acabar as últimas linhas de um livro que dois anjos lhe estendem. Com um gesto elegante da mão, aproxima a pena do tinteiro para concluir o texto que lhe dita o Menino Jesus.
A Virgem do Magnificat constitui um tondo, pintura realizada em uma superfície redonda, no caso, feita de madeira, que era utilizada para decorar altares e interiores de palácios. Este tondo é o mais precioso dos que Botticelli realizou. Não utilizou tanto ouro em mais nenhum outro. O ouro era naquela época a cor mais cara e a quantidade de metal utilizado dependia do consentimento daquele que fazia a encomenda.
Acredita-se que nessa obra Botticelli tenha retratado a família de Piero de Médici. Sua esposa Lucrezia Tornabuoni serviu de modelo para a Virgem Maria; o anjo que segura o tinteiro seria seu filho Lorenzo; o anjo que segura o livro, o filho Giuliano; os dois anjos que coroam a Virgem representam suas filhas, Bianca à direita e Nannina à esquerda; e, por fim, para representar o Menino Jesus, Botticelli usou o retrato da neta de Piero de Médici.

13-01-22
Vista de Ornans, de Gustave Courbet, MET, NY.

Pintada em meados da década de 1850, esta paisagem é inspirada no campo que rodeia a cidade natal do pintor francês. Nela estão magnificamente representados pequenos detalhes como o penhasco de Roche du Mont, um conjunto de casas ao longo do rio Loue, uma igreja e uma ponte.


12-01-22

“Fresco da Trindade”, Masaccio, 1427

A obra de Masaccio marca o início do Renascimento florentino na pintura, movimento que terminará, duas gerações mais tarde, com Botticelli e os seus colegas contemporâneos, na viragem do Quattrocento para o Cinquecento.
Com as suas personagens monumentais cheias de dignidade, Masaccio afasta-se dos ideais prioritários do gótico tardio, que procurava a beleza das linhas e a graciosidade do movimento esboçado pelas personagens.
Seguindo um outro caminho, Masaccio foi buscar os seus modelos à pintura de Giotto, do século anterior, e à arte da Antiguidade, que voltava a ser um polo de interesse crescente.
Uma das primeiras pinturas do início do Renascimento florentino: o “Fresco da Trindade”, acabado por Masaccio em 1427 para a igreja de Santa Maria Novella, em Florença, Itália é uma obra onde a composição explora, pela primeira vez, as leis da perspetiva central, que anos mais tarde iriam maravilhar a Botticelli.
Todas as linhas que se reúnem num ponto de fuga central oferecem uma nova maneira de tratar o espaço circunscrito por uma composição, sob a forma de uma integração rigorosamente homogénea de todos os seus elementos.
As pessoas retratadas exprimem uma sensação realista de relevo corporal que faz apreender o interesse pela representação na natureza humana descoberto nesta época.

05-01-22

Tríptico de São Juvenal, Masaccio, 1422.

 O Tríptico de São Juvenal era uma obra desconhecida de Masaccio, não mencionada pelo seu biógrafo Giorgio Vasari, que foi redescoberta em 1961. A pintura consiste em três painéis: o painel central representa a Virgem e o Menino flanqueados por dois anjos; os painéis laterais retratam pares de santos: São Bartolomeu e São Blaise, à esquerda, e São Juvenal e Santo Antônio Abade, à direita. O painel central ostenta a inscrição que permitiu datar a obra: ANNO DOMINI MCCCCCCXXXXII A DI VENTITRE D'APRILE]. A composição é construída de acordo com as leis da perspetiva: as linhas de fuga do pavimento dos três painéis convergem num ponto de fuga central, representado pela mão direita da Virgem, que segura os pés da criança. Na sua introdução à solidez tridimensional, a pintura pode ser considerada revolucionária para a época.

-Encontra-se no Museu Masaccio, anexo à igreja românica do, século XII, de San Pietro, na cidade de Cascia, no município de Reggello, no Alto Valdarno, perto de Florença.


04-01-22

"Pôr-do-sol em Montmajour",1888 - Van Gogh
Até ser autenticada em 2013 e anunciada, acreditava-se que a pintura não era uma obra autêntica de Van Gogh. Após dois anos de investigação apareceu como a última obra de Vincent Van Gogh descoberta. Tem o título de Sunset at Montmajour e foi pintada em Arles em 1888, quando o artista pintou as suas obras florais mais conhecidas. Como o director do Museu Van Gogh em Amesterdão, Axel Rüger, explicou, "uma descoberta desta magnitude nunca aconteceu antes na história deste museu. É uma raridade que uma nova pintura possa ser acrescentada à obra de Van Gogh".

Foto: jan-kees steenman




03-01-2022

Les Cavaliers - Centre Pompidou (Paris, France) 1913 - Amadeo de Souza Cardoso

 Exatamente em 1913, escrevia Fernando Pessoa um artigo denominado “A arte moderna é a arte do sonho”, de onde destaquei um parágrafo.

“Aquilo a que se chama Arte Moderna, aquilo que é por enquanto a arte moderna, é apenas o princípio de uma arte – ou, antes, a transição entre os dois estágios da evolução civilizacional. Entre o chamado romantismo e a arte que vai agora caminhando rapidamente para o seu auge”.





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19/11/21

A Bíblia dos Jerónimos: a Vulgata, 1495, Lisboa, PT

Um códice em pergaminho, com ricas ilustrações, contendo 516 fólios; 40,8 x 28,3 cm.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo


Este documento em latim, é conhecido como a Bíblia dos Jerónimos. Tem a seguinte estrutura: um prólogo do seu tradutor, São Jerónimo; Profetas (ou Comentários) de Nicholas de Lira; o texto Bíblico; Adições e Réplicas de vários autores. São Jerónimo (Eusebius Sophronius Hieronymus, c. 347-420), foi um sacerdote e teólogo que traduziu a maior parte da Bíblia para o latim em 382 d.C. A sua tradução, aqui encontrada, ficou conhecida na altura como a Vulgata.

A Vulgata era então a versão oficial em latim das Bíblias impressas desde o século XVI, reconhecidas como tal pela Igreja Católica no Concílio de Trento (1545-1563). A edição Clementina da Vulgata (1592) permaneceu como texto bíblico padrão do Rito Romano até 1979, quando a Nova Vulgata foi promulgada.


14/11/21

Paul Cézanne

Natureza-morta com cesta de frutas, (A mesa de cozinha), 1888-90

Musée D’Orsay, Paris



O que se assemelha a uma acumulação fortuita de objetos é, na realidade, uma composição equilibrada e cuidadosamente concebida. As dimensões de cada objeto foram escolhidas com uma única finalidade: a harmonia do trabalho.


12/11/21
Paul Cézanne, 1870.
“A leitura de Paul Alexis em casa de Zola”
Oleo sobre tela 52 x 56 cm
Colecção particular.


Este quadro, construído sobre um contraste surpreendente de claro-escuro e de vermelho-verde, mostra o escritor e amigo de infancia de Cézanne, Émile Zola, com o seu secretário Paul Alexis, jornalista, escritor e também amigo do pintor.


27/10/21
Renoir, Pierre-Auguste
"Yvonne e Christine Lerolle ao Piano", 1897
Oleo sobre tela 82 x 66 cm
Musée de l'Orangerie, Paris.



O ano de 1890 foi quando Renoir recebeu reconhecimento público em França. Durand-Ruel exibiu 110 dos seus quadros em uma exposição especial e o estado francês comprou, pela primeira vez, um quadro seu para o museu de Luxemburgo, que foi o primeiro museu de arte francês, aberto ao público - em 1750. e esse quadro foi justamente “Yvonne e Christine Lerolle ao Piano".


26/10/21

Exposição “Aqui Lisboa: Anos 80”.

Fotos de José Veira Mendes

Curadoria: Sofia Castro

Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa


A belíssima exposição revela imagens de Lisboa, num registro onde se realçam sobretudo as pessoas, as suas ações e os seus gestos.

O autor, selecionou as imagens expostas de um vasto conjunto realizado entre 1982/83 capturadas por sua camara fotográfica Reflex 35 mm, que ainda conserva.

A mostra retoma de certa forma o quotidiano e vivencias da cidade neste período de tempo, na perspectiva do olhar que de quem acordava de madrugada e deambulava pela cidade, para fotografar uns bocados de Lisboa.

    

17/10/21

"Atelier com Cabeça de Gesso", 1925

Oleo sobre tela 98,1 x 131,1 cm

Museum of Modern Art - MOMA


“Pintura é liberdade! Quando se salta, pode-se também uma vez descer pelo lado errado da corda. Mas quando não nos arriscamos a cair de focinho, o quê então? Então não se salta." -Picasso.



10/10/21

Camponeses dormindo, 1919 Pablo Picasso. 1919 - MOMA, New York


Esta obra Picasso a pintou em Paris. São ainda uma reação à sua estadia em Roma. Como quadro de genero, Picasso enaltece nele o calmo prazer da simplicidade.

Os problemas são excluídos da representação íntima do par, o gesto de entrega da camponesa e o gesto protector do campones, que sobre ela se debruça, descrevem a alegria simples de uma relação a dois.

Ambos lembram esculturas, são monumentais, apesar de ou mesmo por causa da sua qualidade de cotidiano. Notam-se alguns resíduos cubistas, como as mãos da mulher de tamanho muito diferente, que em nada estorvam a impressão causada.


09/10/21

“A Toilette”,1906
Pablo Picasso (fase rosa).
Oleo sobre tela, 151 x 99 cm
Albright Knox Art Gallery, Búfalo, NY


«A Toilette » mostra Fernande penteando seu cabelo castanho. Nessa época ela é a deusa do amor de Picasso, o cúmulo da beleza feminina para ele, a sua Venus do dia a dia. Não admira pois que tenha recorrido às antigas estátuas de Venus e transposto as formas convencionais de representação para a sua própria deusa da beleza.

O resultado é uma estátua de carne e osso, que admiramos à distância e desejamos simultaneamente ardentemente. Tudo parece natural, a inevitável posição contraposta das pernas, os braços erguidos sobre a cabeça, a graciosa inclinação da cabeça para o espelho e no entanto isto não é mais do que beleza organizada de forma clássica.

Denominamos, com isto, o verdadeiro tema da tela. Não é a beleza em si, mas a sua encenação. Fernande está ocupada com a sua toilette, cujo fito é o de aumentar ainda mais os seus muitos encantos através de um arranjo favorável. Para isso serve-se do espelho e nele se observa encenando a sua beleza, tal como Picasso, por sua vez a apresenta no quadro: como beleza já perfeita.

Texto: Ingo F. Walter


08/10/21
“Os pobres na praia”, 1903. Pablo Picasso,
Oleo sobre madeira, 105,4 cm x 69 cm
Washington National Gallery of Art

O suicídio de seu amigo Casagemas, por um amor não correspondido, foi o ensejo concreto para a pintura monumental, a sua tonalidade dominada pelo azul é motivada pelo tema. O azul era para Picasso o tom adequado para exprimir os seus sentimentos de luto e dor. Utilizou essa cor durante quatro anos.

Emboranão tendo a morte como tema, a solidão e a falta de amor estão patentes em “Os pobres na praia”.

Trata-se de uma família sem nada de familiar, pessoas sem qualquer espécie de vida. Estátuas entorpecidas. Em seu redor nada existe que possa justificar uma esperança de fim de isolamento.

Apenas a criança gesticula contidamente, trazendo ainda a cabeça erguida. As figuras estão encobertas, pareceno querer ocultar-se nos seustrajos, o que apesar disso ainda está à vista é nu, é a pobreza nua.

O4/10/21


Muitos ainda se lembram de como era Lisboa no início dos anos 80, num país onde a democracia tinha praticamente acabado de chegar. 


Para esta exposição no Arquivo Municipal de Lisboa (Rua da Palma, 246), o jornalista e crítico cinematográfico José Vieira Mendes seleccionou um conjunto de imagens por si registadas entre 1982 e 1983 na sua primeira câmara fotográfica, uma reflex 35 mm que ainda guarda consigo.


Para uns será recordar, para outros será conhecer uma Lisboa de outras modas, registada a preto e branco, entre o Cais das Colunas, o Cais do Sodré ou a Feira da Ladra.

Patente até 28/01/2022.

By Lisboa Secreta. 



22/09/21


“Nas mãos inevitáveis do destino
A roda rápida soterra hoje
Quem ontem viu o céu
Do transitório alto do seu giro.”
-Ricardo Reis, 17-11-1918
-Imagem: “Folhas de Outono”, 1855, Sir John Everett Millais.

22/09/21


“Tempestade vinda do nordeste”
Winslow Homer, 1895.

O pintor paisagista americano representou nesta tela uma tempestade na costa do Maine, USA. O quadro foi comprado pelo colecionador de arte George Hearn, que mais tarde o doou ao Metropolitan Museum of Arts de New York City. Homer voltaria a trabalhar na obra em 1901, quando o quadro já se encontrava no museu. A versão mais antiga incluía dois homens equipados para enfrentar o mau tempo, acocorados nas rochas e abaixo de uma secção de espuma de menores dimensões.

21/09/21


Campo de trigo com ciprestes, de Vincent van Gogh, 1889. Metropolitan Museum of Art (MET, New York).

Esta é uma das melhores pinturas de paisagem alusivas ao verão do artista holandês. Apresenta um cipreste, alto e sombrio, erguendo-se altaneiro à direita no quadro, um campo de trigo que brilha ao sol, oliveiras e um céu azul. As cores fundem-se de uma forma magnífica.

20/09/21


Giovani Pisano

Virgem com o Menino, 1298-1299 (detalhe)
Pisa, Museo dell’Opera del Duomo
Itália

O escultor confere uma nova e potente vitalidade expressiva a sua escultura. Nota-se humanidade e intensidade entre mãe e filho, estabelecendo-se assim uma muda conversa, feita de olhares, que exprimem afeto.

        19/09/21    


Abadia de Alcobaça

Em 1153 para honrar uma promessa feita à ordem dos cistercienses após a vitória sobre os mouros em Santarém, o rei Dom Afonso Henriques doou as terras de Alcobaça aos religiosos.
A comunidade de monges iniciou a construção da Abadia de Alcobaça em 1178, copiando o modelo de Claraval.
A fachada do edifício, precedida por uma ampla escadaria, conservou o grande portal gótico de linhas simples. Atravessando o umbral, a grandiosa dimensão da igreja é subjugante: o espaço absoluto, a rígida nudez da nave central e das nove capelas radiais na abside relembram a exortação ao rigor que representa o fundamento das regras cistercienses: não deve existir qualquer objeto - nem escultura, nem pintura,


  16/09/21

   
                   

Colina de Jalais, Pontoise, de Camille Pissarro.

The Metropolitan Museum of Arts, New York.

Esta obra de arte estabeleceu o estatuto de Pissarro como pintor inovador da paisagem rural francesa. O quadro de 1867 representa a sua vila a noroeste de Paris. O crítico cultural e autor francês Émile Zola elogiou a sua arte de caraterísticas únicas e descreveu-a como uma ilustração perfeita da moderna pintura de paisagem, demonstrativa de força e de vida.


 09/09/21

A arte urbana embeleza as cidades.

No parque George Clémenceau, um oásis de biodiversidade, localizado no coração de Montpellier, na França, o artista Patrick Commercy cobriu a feiura de um prédio em ruínas com uma belíssima obra.

08/09/21


Traje usado por Amália Rodrigues (1920-1999) para o espetáculo “Uma aldeia Portuguesa”, em Copacabana, Rio de Janeiro, Brasil em 1947.

Museu do Teatro e da Dança, Lisboa


                                            07/09/21


Water Lilies and Japanese Bridge, 1899

Claude Monet, French, 1840–1926

Princeton University Art Museum


Nenúfares e Ponte Japonesa representam duas das maiores conquistas de Monet: seus jardins em Giverny e a série de pinturas que eles inspiraram.  Em 1883, o artista mudou-se para esta cidade do interior, perto de Paris, e imediatamente começou a redesenhar a propriedade.  Em 1893, Monet comprou um lote adjacente, que incluía um pequeno riacho, e transformou o local em um oásis de verduras frescas, plantas exóticas e águas calmas de inspiração asiática, reforçado por uma passarela japonesa. Ele estava empenhado em pintar diretamente da natureza tão freqüentemente quanto possível e sempre que o tempo permitia, às vezes trabalhando em oito ou mais telas no mesmo dia.  O projeto de Monet para capturar as condições atmosféricas em constante mudança tornou-se uma marca registrada do estilo impressionista

                                                                           05/09/21

J. Vermeer.

“A patroa e a criada” c. 1666-67
The Frick Collection, New York.
Toda a obra de Vermeer deu forma à luz. Sua técnica exalta a complexidade de simples momentos cotidianos. Ilumina as horas de vidas vulgares e do mesmo modo nossa mente, ao reconhecermos sua excepcional exatidão em representar trivialidades cruciais da vida.


O3/09/21


Chávena com protetor de bigode. Era vitoriana.

Trata-se de uma xícara simples, com uma pequena barreira que impede o conteúdo do recipiente de entrar em contacto com o bigode, protegendo o rosto do usuário.

No século XIX, os bigodes eram enormes e a cera e o corante eram usados para cuidar deles; obviamente não era invulgar que o corante escorresse ou a cera derretesse quando entrava em contacto com uma bebida quente. 



Esta chávena permitia desfrutar de chá ou café em paz e sossego sem o risco de contaminar a chávena e de fazer figura de parvo. 

Foi um item muito procurado entre a elite social inglesa. A criação é atribuída ao oleiro inglês Harvey Adams.


Fonte: Indika Ki Som. Arqueologia, História e Arte


02/09/21

“Seja luz” é o mais novo trabalho do artista Eduardo Kobra na rua Oscar Freire em São Paulo.

Inspirado no pensador de Rodin dentro de uma lâmpada, Kobra chama a repensar nossos valores, conceitos e princípios “ e que possamos apresentar nossas soluções ao mundo, que nunca esteve tão necessitado de respostas para questões cruciais que vão da fome à violência, passando por liberdades e tolerância ao outro.
Se há trevas que sejamos luz.
Foto: @kobrastreetaart

01/09/21

“Maternidade”, Eliseu Visconti, 1906


No início do século XX, Eliseu Visconti foi sem dúvida o artista que melhor representou os postulados impressionistas no Brasil. Sobre o impressionismo de Visconti, diz Flávio de Aquino: “Visconti é, para nós, o precursor da arte dos nossos dias, o nosso mais legítimo representante de uma das mais importantes etapas da pintura contemporânea: o impressionismo.” Trouxe-o da França ainda quente das discussões, vivo; transformou-o, ante o motivo brasileiro, perante a cor e a atmosfera luminosa do nosso País.

Principais pintores impressionistas brasileiros: Eliseu Visconti, Almeida Júnior, Timótheo da Costa, Georgina de Albuquerque, Henrique Cavaleiro, Vicente do Rego Monteiro e Alfredo Andersen. #eliseuvisconti

Mais aqui:

https://cutt.ly/eWkoPYi



31/08/21


Jean-Auguste-Dominique Ingres

“Condessa de Haussonville”, 1845 (Louise de Broglie)

The Frick Collection, New York


A carreira de Ingres foi pontilhada de combates, que resultaram em momentos de grande sucesso e outros de grande fracasso junto à crítica de arte. Era considerado uma personalidade hipersensível que não conseguia lidar com a oposição da crítica, mesmo quando ao mesmo tempo encontrava apoio. Esse traço se manifestaria notoriamente em seus longos anos passados em exílio voluntário na Itália.


30/08/21

O Vitral na Catedral de Chartres

O gosto dos arquitectos pela luz e pela harmonia numérica estava enraizado no pensamento cristão, justificando-se a nova ordenação nos conceitos da teologia medieval.
O vitral ou parede translúcida adquire carácter estrutural ao contribuir decisivamente para a configuração do espaço interior.
Pode-se falar de uma mística da luz que se filtra pelos vitrais através das imagens neles representadas. Segundo a metafísica platonizante da Idade Média, a luz é o mais nobre dos fenómenos naturais, o menos material, o que mais se aproxima da forma pura e, além disso, o princípio criativo de todas as coisas.
Nos séculos XII e XIII a luz é concebida como a forma que todas as coisas têm em comum, o princípio da simplicidade que a tudo atribui unidade.
A forma arquitectónica gótica manifesta-se através de um traçado que torna visíveis os volumes reduzidos a linhas, apresentados em figuras geométricas, constituindo um princípio de ordem e harmonia.

Chartres: O universo medieval - https://cutt.ly/1Wd8bbe

29/08/21


José Malhoa,
“As Padeiras, Mercado em Figueiró dos Vinhos”, 1898
(Coleção privada)
Considerado o mais português dos pintores, Mestre Malhoa retrata nos seus quadros o país rural e real, costumes e tradições das gentes simples do povo, tal qual as via e sentia. Este apego à terra que pinta em paisagens transbordantes de luz e cor, é também a celebração das suas origens humildes de filho de lavradores.


28/08/21

A Leiteira

Johannes Vermeer, 1658

Rijksmuseum

Amsterdã, Holanda


Em A Leiteira, Vermeer nos oferece um instante do cotidiano de trabalho de uma camponesa em seu ambiente próprio - o que se revela pelos detalhes de pequenos buracos e rachaduras nas paredes. A cena é comum e a clara quietude do ambiente é o elemento responsável por dar vida a tudo que nele encontramos.
A camponesa está absorta em sua tarefa que, certamente, é diária. A intimidade da rotina é revelada pela tranqüilidade com que a ação acontece. Inexiste qualquer elemento dinâmico na composição. A camponesa é uma figura serena, segurando delicadamente uma jarra com leite. A cena é silenciosamente iluminada. A luz chega pela janela e banha todo o ambiente, estendendo um brilho ao conjunto.


28/08/21


“Eu e a Aldeia” é uma pintura do pintor russo Marc Chagall. O quadro surrealista foi pintado em 1911, embora neste ano ainda não existisse oficialmente o Surrealismo. O nome foi atribuído à obra por Guillaume Apollinaire, um dos melhores amigos do seu autor.


Hoje em dia, esta obra, considerada a mais famosa de Marc Chagall e uma das mais famosas de todo o mundo de toda a história da arte, encontra-se exposta no Museu de Arte Moderna -MOMA, em New York.


Pintado a óleo, o quadro constitui-se por uma suave e harmoniosa composição, onde as memórias e pequenas lembranças aparecem por ordem como se sequência tivessem: em primeiro plano aparece uma grande face masculina verde, que ocupa quase toda a margem direita da obra, observando íntima e carinhosamente uma cabra ou uma vaca que se encontra a ser ordenhada. No segundo plano o espectador pode observar um colorido conjunto de casas, próximas a uma igreja ortodoxa e, nesse conjunto de casas podemos observar duas casas, uma vermelha e outra verde viradas ao contrário perto da igreja e uma violinista a balançar-se, como se fosse uma memória a desaparecer no tempo, e um lavrador com uma camisola preta e umas calças camel, que se passeia com uma enxada pelos campos da  Russia que  Chagall tanto conheceu.


27/08/21



Amadeu de Souza-Cardoso, o pintor por excelência, o autêntico gênio do grupo (Orpheu), o exemplo mais formidável de artista português de hoje em qualquer parte do mundo, foi levado em plena vida em meia dúzia de horas por uma epidemia, no instante mesmo em que seu espírito exuberante produzia inúmeras das suas telas mais vigorosas. -(Almada Negreiros em Moledo do Minho, 1934)- “Ensaios I, Obras completas, Lisboa, Editorial Estampa, 1971 - pág. 20-21”
 Lisboa, Procissão de Corpus Christi, 1913.
Documentario RTP 2


26/8/21


O Velho do Restelo é uma pintura a óleo sobre tela de 1904 do artista português da época do realismo, Columbano  Bordalo Pinheiro (1857-1929), obra que foi criada para a Sala Camões, onde permanece, no Museu Militar de Lisboa.


A pintura representa o episódio criado por Luís de Camões em Os Lusíadas, na estrofe 94 do Canto IV, em que, quando da partida de Lisboa da frota comandada por Vasco da Gama, um Velho se insurgiu contra o empreendimento das Descobertas.


“Ó glória de mandar! ó vã cobiça / Desta vaidade a quem chamamos fama!".


Columbano Bordalo Pinheiro

“O velho do Restelo”, 1904 

Museu Militar de Lisboa

 

25/08/21


Raphael  Bordalo Pinheiro - 1846/1905
Artista plástico, jornalista e professor.
Vivendo numa época caracterizada pela crise económica e política, Raphael enquanto homem de imprensa soube manter uma indiscutível independência face aos poderes instituídos, nunca calando a voz, pautando-se sempre pela isenção de pensamento e praticando o livre exercício de opinião. Esta atitude granjeou um apoio público tal que, não obstante as tentativas, a censura nunca logrou silenciá-lo.
Museu Bordalo Pinheiro #bordalopinheiro

24/08/21

 Este sábado, às 11 horas, não perca a visita orientada pelo comissário da exposição «Em meu sorriso a minha entrega. Um busto de Amália por Joaquim Valente».

Oportunidade para ficar a saber mais sobre a fadista e sobre o trabalho do escultor que eternizou o seu Busto que dá o mote a esta exposição que pode ser vista no Museu de Lisboa - Palácio Pimenta até 31 de outubro.

28 AGO | 11 horas


21/8/21

Biblioteca Pública de New York
Setembro de 2008. 
Lobo Antunes estava na cidade para o lançamento  de “Que farei quando tudo arde” ou “what can I do when everything’s on fire”, traduzido pelo renomado Gregory Rabassa. O director da biblioteca, Paul Holdengraber, foi impecável no trato ao escritor. O debate, bastante estimulante. Lobo Antunes esquivava-se às perguntas de cunho pessoal e embrenhava-se nos caminhos  da  literatura  e da vida. O auditório era receptivo e os sorrisos afloravam. Lindas memórias. 
Foto: arquivo pessoal.

20/8/21

Julio Pomar
“O almoço do trolla”, 1947.

A pintura “O Almoço do Trolla” foi iniciada em 1946, no Porto, onde o artista, com apenas 20 anos, se encontrava a realizar um fresco de 100m2 no Cinema Batalha, que viria a ser destruído a mando da PIDE. Em entrevista a Helena Vaz da Silva, em 1980, o artista narra que: «no intervalo dos andaimes, num quarto minúsculo onde dormia, pintei o Almoço do Trolha». O facto de o artista ter sido preso a 27 de Abril de 1947 no Forte de Caxias (conjuntamente com Mário Soares), faz com que a pintura venha a ser apresentada publicamente, pela primeira vez, incompleta. A cabeça do bebé não se encontrava pintada, na 2.a Exposição Geral de Artes Plásticas na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa, a 8 de Maio de 1947. Nessa ocasião, a mando do Ministério do Interior algumas obras da exposição são confiscadas, entre elas a pintura Resistência (1946).


19/8/21

Luiz Vaz de Camōes
Escultor: Manuel Maria Bordalo Pinheiro
Fundidor: Felizberto José Pereira
Museu Militar de Lisboa

Esse busto  foi encomendado por Lourenço Marques, para substituir um outro que se encontrava em sua “ Gruta de Macau “. Bordalo Pinheiro foi solicitado  para moldar o busto em gesso, sendo posteriormente fundido em bronze em 1864, no Arsenal do Exército. A perfeição da obra fez com que se reproduzisse mais uma peça para o Museu do Arsenal.

18/8/21

O museu é um espaço múltiplo, que permite uma troca constante de conhecimentos, experiências e vivências. Ao entrarmos em um museu, somos tomados por um universo de sensações e expressões que nos ensinam mais sobre o mundo em que vivemos.
-Sala de Música, Palácio Nacional de Mafra, Portugal.

17/8/21

Almada Negreiros

“Retrato de Sara Afonso”, 1938 

Fundação Calouste Gulbenkian


Para o historiador José-Augusto França esse retrato é um dos melhores desenhos de Almada , “é uma obra prima do desenho português - que ninguém mais saberia dominar assim.” Na exposição “Trinta anos de desenho”, na SPN, em 1941, a obra foi um verdadeiro acontecimento. 



Memória 
"O Fado", Jose Malhoa, 1910 

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