Francisco Gaia – Exposição “Na Brisa da Criação” - Patente até 29/10/21 -
Centro de Documentação Central do Município de Lisboa – Campo Grande
Nascido no Cartaxo em 1933, a sua longeva carreira iniciou-se com a primeira exposição aos 18 anos, em 1951.
Em seu percurso, o artista viveu em Angola, Moçambique e África do Sul, onde trabalhou como pintor e decorador, antes de se fixar em Paris. Foi na capital francesa, a partir de 1965, que conviveu com artistas modernistas como Pablo Picasso, com quem trabalhou entre 1965 e 1970, segundo os dados biográficos da sua página online.
Em 1970 parte para a Holanda, concluindo o curso de Artes Plásticas na Universidade de Haia, regressando a Portugal apenas em 1981. Com obras representadas em mais de 500 coleções particulares, museus, embaixadas e em diversos livros de arte, Francisco Gaia tem uma obra intitulada “Desastres de Guerra de 1945” na coleção do Museu Guggenheim de Nova Iorque.
Francisco Gaia foi uma das vítimas que o COVID fez no meio cultural português. Faleceu em 25 de janeiro de 2021 em Vila Franca de Xira.
“Esta mostra de pintura, em torno da obra de Francisco Gaia, revela na sua globalidade uma alma sôfrega de vida, que não cessa o seu trajeto numa janela aberta: o mundo na tela”. - Rui A. Pereira, artista plástico.
“As suas telas são um reflexo da sua vida, revelando um apreço pela liberdade no gesto e nas temáticas, aplicando deliberadamente ora um claro abstracionismo de gosto geometrizante ora fazendo uma aproximação à figuração que nunca aborda de forma literal e retratística, pretendendo assim expressar muito mais do que o visível num primeiro olhar. Abre-se, assim, um mundo de significados, testemunho do tempo em que viveu e das experiências que alcançou com outros artistas e geografias”. (Catarina Vaz Pinto).
“O percurso artístico de Francisco Gaia é insaciável, é agitado, é inquieto e determinado ao pintar, ao descrever, simplesmente, esse impulso visível na tela, inesperado. Este autor não se fechou a nenhuma corrente estética. Para se entender a sua obra temos que, de algum modo, acompanhá-la como uma viagem no espaço e no tempo. Estamos perante alguém que procurou sempre inovar e conviver com o pulsar das vanguardas que renovaram o mundo das artes no séc. XX.” - Rui A. Pereira, artista plástico.