Artur Manuel Rodrigues do Cruzeiro Seixas nasceu em 1920 e deixou-nos a menos de 1 mês de completar 100 anos de vida. Celebrando o centenário do seu nascimento, a BNP apresenta “Velocidade de Cruzeiro”, uma exposição que reúne perto de 150 obras inéditas, a maioria delas produzidas entre os anos 40 e 70, e que fazem parte do espólio que o artista doou à Biblioteca Nacional de Portugal.
Considerado o último dos surrealistas portugueses, os seus desenhos de traços finos sempre foram fiéis a essa linguagem estética, que surgiu no início dos anos 20 com o intuito de transformar a sociedade e libertar o espírito. O homem que pintava, e a quem aborrecia a designação “pintor”, foi ainda ilustrador e poeta, com uma obra vasta e variada, mas sempre inconfundível, e deixou uma marca indelével no panorama cultural da sua geração.
Em 1993, Cruzeiro Seixas doou parte do seu espólio à BNP, onde se podem encontrar cartas recebidas, arquivos de imprensa, catálogos e folhetos publicados pelo Grupo Surrealista e mais de 400 desenhos e colagens representativos das várias expressões plásticas de sua obra.
“Velocidade de Cruzeiro”, exposição comissionada por Bernardo Pinto de Almeida, baseia-se nesse espólio. Patente até 27 de Agosto.