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Armanda Passos - Cor e Alegria

 

O trabalho pictórico de Armanda Passos é intenso e complexo e tem provocado reflexões e textos produzidos não só por críticos da especialidade, mas também por escritores de várias sensibilidades, artistas e até historiadores.


Armanda Passos nasceu em 1944, no Passo da Régua, Portugal. Licenciou-se em Belas Artes no Instituto Superior de Belas Artes do Porto.

Vive e trabalha no Porto em uma casa e oficina desenhada pelo arquitecto Álvaro Siza Vieira.



Participou em várias exposições nacionais e internacionais e suas obras estão incorporadas em colecções de instituições públicas de prestígio como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Oriente, a Fundação Serralves, a Fundação Champalimaud, o Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, o Ministério da Cultura, o Ministério da Justiça (Palácio da Justiça, Porto; Palácio Ratton, Lisboa), o Museu da Faculdade de Belas Artes e o Edifício da Reitoria da U.Porto, e várias colecções privadas relevantes.

Sobre sua obra, nada mais contundente do que as palavras da escritora Lidia Jorge em um catálogo de 2010:

Não sei que lugar ocupará na História de Arte a obra de Armanda Passos, pois a História de todas as coisas parece ser agora um círculo em que tudo é mostrado e visto em simultâneo, a maior parte das vezes, sem uma única legenda. Não sei o que o futuro dirá. Sei apenas o seu contrário. Que as figuras de Armanda Passos contam uma viagem aérea que vale a pena manter por perto. Esta pintora tem o dom do desenho, da cor, da interpretação, e o supremo dom da transfiguração, uma integridade absoluta como acontece com os grandes criadores. Não sei o que a História de Arte dirá. Sei que vale a pena ter as suas representações por perto para embelezar o nosso quotidiano e não sermos pessoas banais. Armanda Passos pertence à galeria dos artistas que escrevem a sua própria e inconfundível arte poética. E isso, para os atentos, é a mais importante das moedas de ouro que a pintura pode dar."

As cores são uniformes. As personagens sem relevo, são definidas pelo traço. Corpos no espaço e teoria da figura/objeto são seu estilo. Evoca um universo surreal, dureza que se mistura com atmosfera de sonho.

A pintora já declarou que gostaria de transmitir alegria.

Consegue, não é mesmo?

Longa vida a Armanda Passos.


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