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O naturalismo de Carlos Reis

 


Carlos Antonio Rodrigues dos Reis, pintor de estética naturalista e professor, nasceu em Torres Novas, Portugal, a 21-02-1863 e faleceu em Coimbra a 21-08-1940. 

     A feira               

Com apenas treze anos de idade, partiu para Lisboa, e começou a trabalhar em uma tabacaria. Nos momentos de folga, punha-se a esboçar tudo que via, o que despertou interesse em alguns fregueses que frequentavam o lugar.

                    Casario com figura feminina

Defensor do naturalismo, cronista do Portugal rural, amante da pintura ao ar livre, retratista da realeza, Carlos Reis é o pintor da luz, o mágico do branco, como alguns lhe chamam, influenciou gerações de artistas. 

Engomadeiras

A primeira geração de grandes pintores naturalistas portugueses atuou durante os primeiros anos do chamado Grupo do Leão, um movimento de artistas liderado por Silva Porto, que recebeu esse nome por se encontrarem numa famosa cervejaria de Lisboa, a Leão d’Ouro.


                                                                                  O Batizado

Discípulo de Silva Porto na Academia de Belas-Artes de Lisboa, Carlos Reis partiu em 1889 para Paris, com pensão do Estado e ajuda monetária do rei Dom Carlos. Frequentou irregularmente as aulas, preferindo museus e ateliers. 

                                                                                    O caminhante

De regresso a Portugal, em 1895, concorreu com êxito à cadeira de Paisagem da Escola onde estudara, iniciando longa e devotada carreira docente.

                                                            O véu da comungante

Foi também Director do Museu de Arte Antiga em 1905 e o 1º Director do Museu de Arte Contemporânea (hoje Museu do Chiado), entre 1911-1914. Carlos Reis foi ainda fundador do Grupo Ar Livre (1910) e da Sociedade Nacional de Belas Artes, de que foi também dirigente como do Grémio Artístico e, membro da Academia de Belas Artes de Lisboa.

                                                          Paisagem com pastora e rebanho

Definido como pintor essencialmente português, suas transparencias luminosas atravessam toda sua obra. A sociedade Nacional de Belas-Artes atribuiu-lhe a medalha de honra em pintura. 

Integrou-se ao sistema proposto por Silva Porto, nada lhe acrescentando, antes fixando clichés paisagísticos de vigoroso colorido e grande luminosidade. O seu convencionalismo alargou-se a temas de costumes nacionais e ao retrato, em receituário constantemente repetido.

                                                          Azinhaga da cruz de pedra

Carlos Reis e seus discípulos colaboraram em muito para a manutenção em evidencia da arte naturalista portuguesa, tentando com isso formar uma oposição ao crescente movimento modernista que tomava conta do país.

                                                                             Asas, 1932

O Museu Municipal Carlos Reis, fundado em 1933 está situado em Torres Novas e possui, entre outras obras, 30 trabalhos do  reconhecido artista portugues.







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