Avançar para o conteúdo principal

"Un bar aux Folies Bergère", Édouard Manet, 1882.



Un bar aux Folies Bergère (Un bar en el Folies-Bergère) fue presentado por Manet en la exposición del Salón de París de 1882, justo un año antes de su muerte. El cuadro es la culminación de su interés por las escenas de ocio urbano y de espectáculo, un tema que había desarrollado en diálogo con el impresionismo durante la década anterior. 

El cuadro es una obra maestra que ha dejado perplejos e inspirado a artistas y estudiosos desde que fue pintado hace ya cerca de un siglo y medio.

El Folies-Bergère era uno de los lugares de espectáculo más atractivos de París, con presentaciones que iban desde el ballet hasta el circo. Otra atracción eran las camareras, que muchos observadores contemporáneos asumían que estaban disponibles como prostitutas clandestinas. 

Al representar a una de estas mujeres y a su cliente masculino en una escala imponente, Manet introdujo descaradamente un tema moralmente sospechoso y contemporáneo en el reino del alto arte. 

Al tratar el tema con una seriedad y una brillantez pictórica, Manet se propuso a ser recordado como el heroico "pintor de la vida moderna" previsto por críticos como Charles Baudelaire.

Además de las tensiones sociales que evoca el tema del cuadro, la composición de Manet presenta un rompecabezas visual. La camarera mira directamente al espectador, mientras que el espejo que se encuentra detrás de ella refleja la gran sala y los clientes del Folies-Bergère. Manet parece haber pintado la imagen desde un punto de vista directamente opuesto a la camarera. 

Sin embargo, este punto de vista se contradice con el reflejo de los objetos en la barra y con las figuras de la camarera y de un cliente a la derecha. 

Conocido como uno de los artistas más polémicos de su época, Édouard Manet se ha alzado por encima de sus detractores para demostrar su verdadero talento, digno de ser emulado. Con varios cuadros que han inspirado a jóvenes artistas de esa época, reveló cómo la innovación no siempre es bienvenida por la sociedad, pero es la puerta de entrada al futuro.

Un bar aux Folies Bergère, Édouard Manet, 1882.
Courtauld Gallery, London

Translated from www.Manet.org

Mensagens populares deste blogue

Caspar Friedrich e o romantismo alemão

Caspar David Friedrich, 1774-1840 Em 1817 o poeta sueco Per Daniel Atterbon visitou o pintor alemão Caspar David Friedrich, em Dresden. Passados trinta anos, escreveu as suas impressões sobre o artista. “Com uma lentidão meticulosa, aquela estranha figura colocava as suas pinceladas uma a uma sobre a tela, como se fosse um místico com seu pincel”.                                                  O viajante sobre o mar de névoa, 1818. As figuras místicas e os génios brilhantes foram os heróis do Romantismo. Jovens com expressões de entusiasmo ou com os olhos sonhadores, artistas que morriam ainda jovens na consciência melancólica do seu isolamento social povoavam as galerias de retratos por volta de 1800.                                                            A Cruz na montanha, 1807. Friedrich afirmava frequentemente que um pintor que não tivesse um mundo interior não deveria pintar. Do mundo exterior vê-se apenas um pequeno extrato, todo o resto é fruto da imaginação do artista,

Fernando Botero, estilo e técnicas.

  As criações artísticas de Botero estão impregnadas de uma interpretação “sui generis” e irreverente do estilo figurativo, conhecido por alguns como "boterismo", que impregna as obras iconográficas com uma identidade inconfundível, reconhecida não só por críticos especializados mas também pelo público em geral, incluindo crianças e adultos, constituindo uma das principais manifestações da arte contemporânea a nível global. A interpretação original dada pelo artista a um espectro variado de temas é caracterizada desde o plástico por uma volumetria exaltada que impregna as criações com um carácter tridimensional, bem como força, exuberância e sensualidade, juntamente com uma concepção anatómica particular, uma estética que cronologicamente poderia ser enquadrada nos anos 40 no Ocidente. Seus temas podem ser actuais ou passados , locais mas com uma vocação universal (mitologia grega e romana; amor, costumes, vida quotidiana, natureza, paisagens, morte, violência, mulheres, se

José Malhoa (1855-1933), alma portuguesa.

Considerado por muitos como o mais português dos pintores, Mestre Malhoa retrata nos seus quadros o país rural e real, costumes e tradições das gentes simples do povo, tal qual ele as via e sentia. Registou, nas suas telas, valores etnográficos da realidade portuguesa de meados do séc. XIX e princípios do séc. XX, valendo-lhe o epíteto de ‘historiador da vida rústica de Portugal’. Nascido a 28 de Abril de 1855, nas Caldas da Rainha, José Victal Branco Malhoa é oriundo de uma família de agricultores. Cedo evidenciou qualidades artísticas. Gaiato, traquina, brincalhão, passava os dias a rabiscar as paredes da travessa onde vivia. Aos doze anos, o irmão inscreve-o na Academia Real de Belas-Artes. No fim do primeiro ano, a informação do professor de ornato e figura indicava “pouca aplicação, pouco aproveitamento e comportamento péssimo”. Porém, ele depressa revela aptidões que lhe dariam melhores classificações. Passava as tardes a desenhar os arredores de Lisboa, sobretudo a Tapada